Estudo sobre o regime do Estado Novo e seu impacto no Rio Grande do Sul, em especial as perseguições políticas e étnicas.
Está claro que o Estado Novo, tanto no Brasil, em geral, quanto no Rio Grande do Sul, em particular, não foi um período favorável para os grupos sociais subalternos. Mas alguns estudos sobre as perseguições policiais e políticas aos movimentos sociais mais contestadores no Brasil em geral mostram repressão implacável antes de 1937, que dificilmente pode ter crescido em intensidade depois dessa data. Com base nos trabalhos de Diorge Konrad e de Alexandre Fortes, é legítimo partir do mesmo pressuposto para o caso do Rio Grande do Sul. Se o trabalho do primeiro reflete a intensidade da repressão no período 1930-1937, o do segundo mostra que toda a oposição estava praticamente neutralizada depois desse período e o aparelho repressivo pôde dedicar-se com maior afinco a outros grupos - os imigrantes e seus descendentes.