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Está no mercado meu livro mais recente, chamado A trajetória de um professor-colono (São Leopoldo: OIKOS Editora, 2020). Martin Dreher, autor da “orelha”, estranhou a ausência de qualquer referência à família. Expliquei-lhe que se trata de apontamentos autobiográficos exclusivamente sobre minha atividade intelectual-profissional. Por isso, são citado(a)s aluno(a)s e colegas, mas esposa e filhas não.

Vejo-me compelido a voltar ao caso dos “túneis nazistas” de Ibirubá. O tema é problemático por si só. Vou dizer por que. Algum tempo atrás, recebi telefonemas e e-mails relatando que o respeitado filósofo Roberto Romano, da UNICAMP, havia declarado ao Globo News que o Rio Grande do Sul está abarrotado de “neonazistas”. Fiz contato com ele; não negou a declaração, dizendo que ela se baseava em informações colhidas num órgão de divulgação de um Instituto Humanitas, de uma grande universidade cristã gaúcha. Este instituto congrega cristãos “progressistas”, possivelmente simpáticos à Teologia da Libertação, e parecia óbvio que enxergasse como sua obrigação denunciar essa maldade chamada “neonazismo”. Perfeito. Os integrantes do instituo, porém, não se deram conta de que, com sua manifestação, estavam colocando no mundo um enorme potencial de instigação ao ódio étnico-racial – em seu bem intencionado e meritório élan de combater preconceitos, estes haviam entrado pela porta dos fundos.

No “Fantástico” da Globo de domingo, 6 de outubro de 2019, foi apresentada uma “espetacular” matéria sobre nazistas em Ibirubá. Esse caráter espetacular ficou evidenciado pela intensidade das chamadas durante a semana, e pelo fato de ter sido deixada para o final do programa. Descubro agora que está planejado um segundo round sobre esse assunto. Antecipo-me para “furar” essa nova matéria da grande empresa jornalística.

Depois de uma semana em que a imprensa de latrina se esbaldou com o caso dos “túneis nazistas” em Ibirubá, a sexta-feira, 4 de outubro de 2019, trouxe novas emoções, com o caso da apreensão de um adolescente em Nova Santa Rita, que teria planejado atacar uma escola.

Quem leu O tempo e o vento de Érico Veríssimo sabe que, bem antigamente, o único alemão sensato lá em Ibirubá era o Dr. Winter. Depois, todos eles viraram nazistas, inclusive atacando, fisicamente, os judeus que por lá viviam - ao menos é isso que sugere o mesmo autor no citado livro. Entre eles, estava o Dr. Frederico Ernesto Braun, primo da afamada Eva Braun, o qual, em 1964, teria forjado sua morte, para “desaparecer do mapa”. Em 1977, veio aquela enorme nave intergaláctica, que – qual o Zeppelin, nos anos 1930 – pairou, por longo tempo, sobre a cidade. Sempre se desconfiou que um dos tripulantes dessa nave havia desertado. Agora, finalmente, a situação foi esclarecida: o ET foi capturado, debaixo dos Andes, num daqueles túneis que levam de Ibirubá a Santiago do Chile.