René Ernaini Gertz
(René E. Gertz)
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Sou professor aposentado, depois de ter trabalhado por muitos anos nos Departamentos de História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Licenciado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), ingressei no mestrado em Ciência Política da UFRGS, onde pretendia fazer uma dissertação sobre a Aliança Nacional Libertadora (ANL), no Rio Grande do Sul. Um encontro com o escritor Dyonélio Machado – que havia sido presidente da ANL, no estado – me fez desistir desse projeto, porque ele considerava o contexto ainda muito perigoso para tratar desse tema (estávamos em 1975/1976). Na busca por um novo tema para minha dissertação, Hélgio Trindade me incentivou a realizar um estudo sobre o movimento que representou o contraponto da ANL, a Ação Integralista Brasileira (AIB), não numa perspectiva geral como ele mesmo tinha abordado o assunto, mas num enfoque mais restrito, centrado nas regiões de colonização alemã, no Rio Grande do Sul. Concluído esse trabalho, obtive uma bolsa para fazer doutorado na Universidade Livre de Berlim, onde aprofundei e ampliei o espectro da dissertação, resultando numa tese sobre germanismo, nazismo e integralismo, na década de 1930, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, publicada sob o título O fascismo no sul do Brasil, pela editora Mercado Aberto, em 1987. No início da vida de professor, concentrei minhas pesquisas e as orientações de trabalhos de alunos na história política das regiões de imigração, no sul do Brasil. Mas minha alegada familiaridade com temas como integralismo e nazismo fazia com que também fosse procurado por estudantes interessados em outros aspectos e temas da história política do período Getúlio Vargas (em especial, da fase que vai de 1930 a 1945). Assim, dentro de algum tempo, o “primeiro governo Vargas” – sobretudo, o Estado Novo (1937-1945) – passou a fazer parte do campo de pesquisa de alunos sob minha orientação e, aos poucos, das minhas próprias pesquisas. Por esse caminho, meus interesses de professor e de pesquisador acabaram se consolidando num formato que poderia ser representado por uma cruz: o eixo vertical representaria minhas pesquisas e minhas orientações sobre a história em torno de aspectos políticos e político-culturais das regiões de imigração e colonização, com uma abrangência cronológica que vai do início da República (1889) até a atualidade; já o eixo horizontal da cruz – cronologicamente mais curto – representaria minha ocupação com aspectos da história política mais geral, ainda que com ênfase no Rio Grande do Sul, abrangendo os antecedentes e as conseqüências do Estado Novo. Como um estudioso da História deve preocupar-se também com aspectos teóricos e metodológicos de sua disciplina, tentei incorporar reflexões de historiadores alemães, lendo-os e, em alguns casos, traduzindo seus textos para o português. Devo, porém, destacar que não sou um especialista em Teoria e Metodologia da História – apenas um divulgador de textos de historiadores alemães.
Para acessar meu Currículo Lattes, no Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), clica no link abaixo:
http://lattes.cnpq.br/5149402586875448
Recomenda-se, em especial, a leitura da seção "Notícias ".