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Em junho de 2018, postei um texto crítico em relação a uma série transmitida pelo “Jornal da Band” sobre supostas atividades nazistas em São Francisco do Sul, SC, nos anos 1930/40. A irresponsabilidade desta matéria foi total, como fake new e como potencial de instigação ao ódio contra o povo catarinense, em especial a seus cidadãos de descendência alemã. Meu comentário está no seguinte link:

Recebi a notícia de que, no dia 29 de janeiro de 2023, faleceu Adriana Abreu Magalhães Dias. Este site foi fundado, em 2009, em grande parte, para criticar, e até combater, alguns aspectos de manifestações e de atos dela em relação a nazismo e a neonazismo no Brasil.

O neonazismo no Brasil está na ordem do dia! E o estado de Santa Catarina aparece como centro da alaúza. A imprensa está abarrotada de notícias a respeito. E a coisa não se restringe às “redes sociais” ou a publicações sugeridas pelo Google. Na Folha de São Paulo, uma doutora em História pela USP transformou o hino “Deutschland, Deutschland über Alles” em hino nazista, podendo dar origem a um problema diplomático com a Alemanha, pois a terceira estrofe deste hino é o atual hino nacional oficial do país. A revista Veja, de 30/11/2022, dedicou três páginas à prisão de oito supostos ou efetivos neonazistas no município catarinense de São Pedro de Alcântara. Interessante, no texto, é a observação de que este pequeno município, perto de Florianópolis, é “de colonização alemã” (p. 40). Este é o ponto. E é disto que se tratará aqui.

Algum tempo atrás, a juíza Claudia Maria Dadico, da 7ª vara federal, em Santa Catarina, declarou, em público, que o hino “Deutschland, Deutschland über Alles...”, “Alemanha, Alemanha acima de tudo...”, é nazista. Mandei-lhe dois e-mails, mas, até agora, não obtive resposta. Minha preocupação é bem pessoal, pois imaginei que eu poderia estar caminhando em via pública cantarolando o hino. Alguém me denunciaria à juíza, e ela me condenaria a uma pesada pena por estar divulgando um símbolo (imaterial) nazista.

 

Matéria sensacionalista de Zero Hora online, de 16/9/2022, aventou a possibilidade de que um recipiente com uma “suástica” poderia ser herança do nazismo e da Segunda Guerra Mundial. Imagine-se, uma pessoa de Santo Cristo, de Santo Cristo!, possuir um objeto destes. A barbárie, segundo o próprio texto jornalístico, está no fato de que "o município tem forte influência da imigração alemã". Que horror! Ainda mais que ali ao lado está Cândido Godói, com seus milhares de gêmeos "filhos" de Mengele! Até uma autoridade municipal está preocupada com a situação. Seria bom Alcir Philippsen, o dono do objeto, tomar algumas providências em relação a sua segurança – daqui a pouco, um bando de “antinazistas” desvairados ataca sua casa e sua pessoa. Ah, sim, Alcir Philippsen é apenas a pessoa que dá nome ao Museu - então que o diretor do Museu se cuide!

https://gauchazh.clicrbs.com.br/porto-alegre/noticia/2022/09/pesquisa-realizada-em-porto-alegre-procura-determinar-se-peca-com-suastica-esteve-na-segunda-guerra-mundial-cl84nevt1005u0179glmlmfiw.html

Santo Deus! Acharam mais um latão deste tipo - conforme Zero Hora do dia 21/9/2022. Que furo jornalístico! Posso revelar o segredo: os nazistas gaúchos utilizavam estes tonéis para tirar leite de cabras. As cabras nazistas davam tanto leite, que só um tambor bem grande para caber todo ele.

Falando sério, em meio a tanta insensatez: este símbolo existiu em tonéis deste tipo muito antes de Hitler ser conhecido. Era o símbolo da empresa petrolífera “Shell mexicana” (ver link abaixo). Da mesma forma que o interior do Rio Grande do Sul ainda está cheio de latas de querosene "Jacaré", do tempo em que não existia luz elétrica, quando todo mundo usava lamparina, há, também, estes latões com a suástica. Isto não tem nada a ver com Segunda Guerra Mundial nem com o afundamento do Graf Spee, e, muito menos, com "forte influência da imigração alemã"!

https://www.saopauloinfoco.com.br/suastica-simbolo-shell

[17/9/2022]