A questão do separatismo pode ser discutida em bases racionais. Na década de 1970, o conhecido historiador Eric Hobsbawm travou uma célebre polêmica sobre o tema com Tom Nairn. Em traços gerais, o argumento de Hobsbawm contra o desmembramento de Estados é o de que a fragmentação enfraquece o poder de barganha dessas novas unidades frente àqueles que mantêm sua unidade. Assim, mesmo que possam existir razões históricas, culturais, religiosas, sociais e outras que falem a favor da separação, esta, numa perspectiva mais ampla, só vem a beneficiar os "grandes" e, por isso, é não recomendável. O argumento é racional.


[Publicado em Indicadores Econômicos, Porto Alegre: FEE, vol. 21, n. 3, p. 168-175, 1993].

 

[Nota: infelizmente, na editoração deste texto, ocorreram alguns erros que não se encontravam no meu manuscrito original. Assim, entre outros, na penúltima linha da página 172, eu havia escrito “qua definição” (e não “sua definição"); e nas duas últimas linhas do terceiro parágrafo da página 173, escrevi “há um século” (e não “há um século atrás”)].


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