Em agosto de 2010, o portal de notícias R7 divulgou – potencialmente, para milhares de leitores – afirmações absolutamente irresponsáveis, porque inverídicas, sobre o povo de Teutônia (RS), como se pode ver na nota “’Neonazistas’ não desistem de Teutônia”, nesta página.
No dia 10 de julho de 2011, o portal voltou a atacar. Desta vez, requentou uma notícia de abril-maio de 2009, sobre um suposto ou efetivo plano “neonazista” de criar um novo país, no sul do Brasil. Para tanto, tentou entrevistar autoridades policiais de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Apesar de a furiosa caçadora de “neonazistas” Adriana Abreu Magalhães Dias ter afirmado – em tese acadêmica na UNICAMP e em entrevistas – que Santa Catarina abriga 45.000 “neonazistas” (a metade de todos os que, segundo ela, existiriam no Brasil), a polícia catarinense não consegue localizar essas hordas. Por essa razão, “a reportagem do R7 tentou contato com a Polícia Civil em Santa Catarina, mas não obteve resposta” – ou seja, a polícia de SC tem coisas mais importantes a fazer do que perder tempo com entrevistas sobre banalidades sem importância. Também no Paraná, o portal recebeu a informação de que “os ataques de neonazistas são mais escassos, como afirmou o delegado Francisco Alberto Caricati” (http://noticias.r7.com/cidades/noticias/no-sul-neonazistas-queriam-criar-um-novo-pais-20110710.html).
Só a polícia do Rio Grande do Sul, mais uma vez, se esbaldou em descrever, ao longo de muitos parágrafos, o quadro tétrico que caracterizaria o estado. Ao invés disso, como cidadãos-contribuintes, todos nós teríamos o direito de, finalmente, receber das autoridades policiais informações sobre o andamento das investigações a respeito dos terroristas que, em agosto de 2010, praticaram um atentado contra o povo pacífico e ordeiro de Teutônia. Faltam apenas 20 dias para fazer um ano! Estão identificados e punidos? Quem são? Quais são os critérios da polícia gaúcha para lidar com extremistas? Quando são “neonazistas”, são perseguidos? – Quando se dizem anti”neonazistas”, estão liberados para agir livremente?
Em vez de perder tempo e energia requentando um caso resolvido - pois os extremistas envolvidos no episódio de Curitiba, em 2009 (e que iriam criar o tal de Neuland), estão presos, ou respondendo a processo em liberdade -, seria muito mais útil para a convivência pacífica da sociedade gaúcha responder às perguntas acima. Em relação aos extremistas que cometeram o atentado contra o povo de Teutônia, a polícia – até prova em contrário – simplesmente lavou as mãos. [31/7/2011]