- Em 4 de dezembro de 2012, a maior “caçadora de neonazistas” do Brasil, Adriana Abreu Magalhães Dias, postou em seu blog [http://etnografianovirtual.blogspot.com.br] uma notícia do portal Terra sobre o julgamento, em Porto Alegre, em meados de 2013, dos “neonazistas” que, em 2005, atacaram e feriram três rapazes judeus [http://noticias.terra.com.br/brasil/rs-pela-1-vez-suspeitos-de-nazismo-serao-julgados-no-pais,b8681a489177b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html].
A principal fonte da matéria, mais uma vez, foi o delegado Paulo César Jardim, o qual, entre outras coisas, afirmou que “teremos a experiência, através do júri popular, de julgar o envolvimento de nazistas pela primeira vez”, e que “está ‘na gênese’ do gaúcho a guarida para movimentos desse tipo”. Além da transcrição da matéria do Terra, Adriana Dias acrescentou o seguinte comentário pessoal: “Não é a primeira vez: já foram julgados os condenados pela morte de Edson Néris. Mas, o delegado Jardim adora colocar seus feitos como primeiros. Além disso, afirmar que o racismo está na gênese do gaúcho é tão racista quanto o próprio racismo... Cadê o botão de sanidade?”. Como se vê, essa afirmação transpira amizade e sintonia de opiniões entre esses dois gigantes da caça a “neonazistas”, neste país. A formação da opinião pública brasileira sobre o tema está praticamente monopolizada por essas duas figuras (a quem, de tempos em tempos, se junta um tal de Jair Krischke). Pobre do país que tem sua opinião pública – sobre um tema tão polêmico – configurada por pessoas com esse tipo de convicção! [20/5/2013]