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Não sou especialista em Rússia nem em Ucrânia, mas meus quatro avós vieram da Ucrânia, entre 1909 e 1913. Só por isso, não posso deixar de publicar este artigo do colega historiador Sérgio da Mata. Transcrevo o texto, mas abaixo está também o link para o original. [21/5/2022]
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Com data de 23-24 de outubro de 2021, o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, publicou uma matéria sugerindo que atos nazistas/neonazistas são corriqueiros no Rio Grande do Sul. Por motivos óbvios, entrei em contato com o autor, jornalista Carlos Rollsing, para manifestar dúvidas a respeito de algumas passagens do texto. Entre elas, está a referência a uma juíza da 7ª Vara Federal de Santa Catarina que teria defendido uma tese de doutorado na PUCRS em que utilizaria dados da antropóloga Adriana Abreu Magalhães Dias sobre nazismo/neonazismo.
Leia mais: Será que até integrantes do egrégio Poder Judiciário brasileiro...?
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Fake news estão na moda, em especial no Brasil. O STF está se preocupando com elas. Todo mundo sabe que é uma fake new – uma notícia falsa. Mas aquilo que pretendo defender, neste pequeno texto, é a necessidade de ampliar o conceito, pois uma notícia incompleta, postada como tal até por precaução, com boas intenções, pode tornar-se extremamente perigosa. Vou apresentar exemplos.
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No dia 8 de agosto de 2021, o jornal O Globo publicou uma matéria sobre manifestações com conotação nazista no Brasil contemporâneo. Como ali é citado meu nome, Marco Antonio Villa me convidou para uma conversa sobre nazismo nos anos 1930/40. A conversa está no link, ao final desta nota. Para dar uma ideia das dificuldades de falar em público sobre o tema, recomendo a leitura dos comentários de leitores.
Aproveitando o tema "nazismo histórico", acaba de ser publicado excelente livro sobre o mesmo na América Latina, com acesso livre, pelo link
https://joaofabiobertonha.files.wordpress.com/2021/12/o-nazismo-e-as-completofinal.pdf
Antes de partir para a entrevista, peço atenção para uma breve observação sobre a matéria de O Globo. Tomando-se as dez unidades da federação com maior número de registros de nazismo, em 2020, vê-se que não são os estados do famigerado “sul” que ponteiam. Santa Catarina só aparece em 11º lugar (empatado com quatro outros estados). Mesmo levando-se em consideração a população total, o índice de Paraná e Santa Catarina fica muito abaixo de outras unidades geralmente louvadas como livres deste flagelo. [15/8/2021]
Estado |
Número de casos
|
População em milhões |
Índice por milhão de habs. |
São Paulo |
27 |
40 |
0,61 |
Rio de Janeiro |
23 |
16 |
1,43 |
Rio Grande Sul |
11 |
11 |
1,00 |
Pernambuco |
7 |
7 |
1,00 |
Distrito Federal |
6 |
3 |
2,00 |
Paraná |
5 |
11 |
0,45 |
Paraíba |
5 |
4 |
1,25 |
BA, MG, PI |
3 (cada um) |
- |
- |
Santa Catarina |
2 |
7 |
0,28 |
Link da entrevista:
https://www.youtube.com/watch?v=x7pNbZyOvHs
*
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Em 10 de março de 2021, ocorreu um protesto contra o fechamento de atividades econômicas por causa da pandemia do coronavírus, em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre. Na oportunidade, uma das organizadoras do evento, Doris Denise Neumann, divulgou um vídeo no qual cometeu o lamentabilíssimo equívoco de citar a frase “Arbeit macht frei” (o trabalho liberta), que costumava estar sobre os portões dos campos de concentração nazistas.
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