Notas

 Em 29 de outubro de 2011, o portal de notícias Terra publicou uma matéria intitulada “Historiador: ligar neonazismo a imigração alemã é irresponsável”. Como o historiador em pauta sou eu, preciso dizer algumas palavras a respeito.

 

 

 

Entre as localidades citadas nas informações policiais divulgadas, nos últimos 10 anos, pela imprensa, em relação a, supostos ou efetivos, atos “neonazistas”, no Rio Grande do Sul, são citadas as seguintes: região metropolitana de Porto Alegre; região de Caxias do Sul; e, mais recentemente, o caso de Teutônia, largamente referido neste site. E é a este caso de Teutônia que eu, infelizmente, preciso voltar.

 

Eu visitava um site da Bahia no qual, mais uma vez, no mínimo, se insinua que os “alemães” do Rio Grande do Sul cometem as mais inimagináveis barbáries. Como uma das fontes, estava indicado um site chamado “Tempos nazistas”.

 

Há sinais alentadores! Algumas vozes de sensatez estão se fazendo ouvir diante da massacrante campanha de difamação da população de origem alemã. Algumas semanas atrás, a revista Carta Capital publicou um texto que contraria o senso comum (como pode ser visto na nota "Uma voz no deserto"). Agora, está na internet a tese de doutorado de Taís Campelo Lucas intitulada Nazismo d’além mar: conflitos e esquecimento (Rio Grande do Sul, Brasil), defendida em 2011, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sob orientação de Cesar Augusto Barcellos Guazzelli (http://www.bibliotecadigital.ufrgs.br/da.php?nrb=000781090&loc=2011&l=b344b77eacf4e6b0). Nem a autora nem seu orientador nem a Universidade podem – a não ser por parte de alguém absolutamente maduro para o manicômio – ser qualificados de “hiperbestas reacionárias neonazistas”.

Vou tomar a liberdade de modificar o breve texto postado nesta nota por alguns dias – mantendo o título. Em 14 de agosto de 2011, enviei, via correio eletrônico, acompanhado da digitalização de minha carteira de identidade e do cabeçalho de meus contracheques (para comprovar meus vínculos institucionais), o seguinte texto, para publicação na seção “artigos” do jornal Zero Hora: