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Como os leitores podem conferir na nota “O banzé da indústria do ‘neonazismo’”, em 2009 foi instituída uma Comissão Externa da Câmara dos Deputados "para acompanhar as investigações a respeito da quadrilha de neonazistas desbaratada no estado do Rio Grande do Sul", a famigerada CEXNEONA.
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Para entender este comentário, os leitores, a rigor, deveriam ler a nota intitulada “Carta-aberta ao Subprocurador-Geral da República Hindemburgo Chateaubriand Filho”, datada de 9 de dezembro de 2015, nesta página. Como ela é muito longa, faço uma breve explanação inicial para aqueles leitores que não terão paciência para lê-la.
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Porto Alegre, 9 de dezembro de 2015.
Ilmo. Sr.
Hindemburgo Chateaubriand Filho
Subprocurador-Geral da República
SGAS 604, Lote 23
Avenida L2 Sul
Brasília
70200-640
Ilustríssimo Senhor Subprocurador:
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Uma família brasileira que teve agredido um integrante seu, durante o Estado Novo (1937-1945), por agentes de Estado brasileiros imbuídos do espírito de que pessoas com seu sobrenome mereceriam esse tipo de tratamento, ipso facto, recorreu, num passado mais recente, ao poder judiciário, pedindo indenização por danos materiais e morais. A demanda foi considerada procedente, e o Estado Brasileiro – isto é, todos nós! – foi condenado a pagar uma alta quantia. Não foi possível obter confirmação em documento público sobre o valor final, mas segundo fontes verbais trata-se de uma indenização milionária (milhões [plural!] de reais) [entrementes, há referências a um valor de apenas um quarto daquele originalmente referido - em todo caso, a condenação definitiva da União ao pagamento está confirmada - 29/9/2017].
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Nas décadas de 1960, 1970 e 1980, já se usava a expressão “neonazismo”, mas ainda era mais comum falar simplesmente de nazismo. Causava sensação a suposta ou efetiva descoberta de algum velho militante do regime hitlerista escondido em algum recanto do Brasil (Bormann [???], Mengele, Stangl, Wagner). Tudo isso desencadeou, por este país afora, vários surtos de histeria, sobretudo nos três estados do sul, como se eles estivessem coalhados de nazistas, autóctones ou para cá fugidos ao final da Segunda Guerra Mundial. Marcos Eduardo Meinerz estudou esse tema, em dissertação de mestrado [https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/30534/R%20-%20D%20-%20MARCOS%20EDUARDO%20MEINERZ.pdf?sequence=1&isAllowed=y]. O próprio “Show da vida” invadiu, num determinado domingo à noite, os lares brasileiros com uma história fantástica sobre uma misteriosa “casa nazista” em Marechal Cândido Rondon (Paraná) – a dissertação de Marcos fala dela.
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