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Como historiador profissional, sempre me esforcei, por um lado, em evidenciar a verdade histórica. Por outro lado, complementando esse esforço, localizado numa segunda interface da questão, tentei chamar a atenção para situações em que essa verdade, eventualmente, estivesse sofrendo arranhões – sempre gostei da tese de Reinhart Koselleck sobre o “direito de veto das fontes”, quando há dados e fatos que contradizem, de forma evidente, uma suposta verdade histórica.

Semana passada, esteve em Porto Alegre o colega Sérgio da Mata, da Universidade Federal de Ouro Preto, apresentando uma interessante fala sobre como e para que escrever História, nos dias de hoje. Ao final, depois das perguntas dos ouvintes e das respostas do palestrante, pedi a palavra para enfatizar, sobretudo para os jovens estudantes presentes, que eles estavam diante do – disparado – maior conhecedor de Max Weber, entre os historiadores brasileiros. Recomendei que lessem seu brilhante livro A fascinação weberiana.

Em outubro de 2018, fui procurado pela jornalista Naira Hofmeister, que pretendia escrever uma matéria para El País – Brasil envolvendo o famigerado caso da “moça da suástica”, no contexto entre os primeiro e o segundo turnos das eleições.

Quem conhece meus estudos sobre História do Brasil sabe que tenho um livrinho intitulado O perigo alemão. Infelizmente, sou obrigado a retornar ao assunto, pois esse fantasma está de volta.

Este site está completando 9 anos. Ele não possui muitos leitores, mas durante esse tempo recebi um razoável número de e-mails. A maioria deles foi mais ou menos como este site – apresentava um conteúdo racional. Em geral, tratava-se de pedidos de informação bem objetivos, na maioria dos casos, de caráter histórico, isto é, nazismo e “neonazismo” nem sempre estiveram no centro. Lembro-me de apenas três e-mails que poderiam ser classificados como “polêmicos”.