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Aquele que colocar no Google os termos “moça da suástica” virá aparecerem dezenas – talvez centenas – de entradas, datadas de 10 de outubro de 2018, noticiando que uma moça foi atacada em Porto Alegre e teve uma suástica desenhada em seu corpo, com canivete. A notícia se espalhou pelo planeta como um raio, pois todo mundo imaginou que havia acontecido mais um ataque criminoso desses supostos animais dos “alemãos” nazistas do Rio Grande do Sul.

 

Muitos anos atrás, ao passar pelo Morro Reuter (pronuncia-se Róiter), vi a placa indicativa “Walachai”, e imaginei que o lugar tivesse recebido o nome em função da existência de uma criação de cavalos (Wallach significa cavalo macho castrado, em alemão), já que por ali há também um Teewald (Herval) e um Batatental (Vale das Batatas). Só muito tempo depois, fiquei sabendo que, de fato, aquele nome deriva de Walachia (Valáquia), uma província romena.

Se o prezado leitor possui ao menos um neurônio em funcionamento, fuja do senso comum quando ouvir falar de nazismo e “neonazismo” no Brasil (sobretudo do senso jornalístico).

De forma lamentabilíssima, incluem-se casos de senso acadêmico! Tendo em vista a matéria da TV Bandeirantes sobre o Canal do Linguado, dei uma olhada naquilo que se publicou a respeito, desde o início deste ano (2018).

Creio que a primeira vez em que usei a expressão “imprensa de latrina” foi na nota “A estagiária nazista”. Ali, inclusive, refleti sobre meu drama pessoal - como infartado -, por ter de defender, com unhas e dentes, na qualidade de democrata, a liberdade total de imprensa, a qual, no entanto, em sua incomensurável irresponsabilidade, não para de produzir excrementos.

 

A erudição protege de descobertas inéditas” (Hermann Heimpel)

 

(mesmo que já tenha utilizado essa epígrafe em um artigo,

anos atrás, não posso deixar de repeti-la aqui).

[Foram acrescentadas ao texto, lá no final, uma réplica e uma tréplica].